De acordo com a declaração, no ano passado houve o maior número de tentativas de travessias ilegais através do Canal, com a guarda costeira francesa salvando 1.02 pessoas, em comparação com 341 em 2020, um aumento de 194 por cento.
O número de mortos também aumentou, sem que fossem fornecidos números oficiais, assim como o número de naufrágios, o pior dos quais ocorreu no final de novembro, quando 27 migrantes perderam suas vidas.
O relatório também observou que das pessoas que vivem em campos improvisados na costa norte da França esperando cruzar para a Grã-Bretanha, 31.103 foram “recebidas e direcionadas para o sistema nacional, 239% mais do que em 2020 (9.172)”.
Entre essas pessoas deslocadas, a proporção de pessoas com famílias ou pessoas “vulneráveis” dobrou em 2021, de 1.158 para 2.273.
Por sua vez, as associações que trabalham pelos direitos dos migrantes denunciaram o Estado francês em 20 de dezembro no tribunal por “homicídio involuntário” e “falta de assistência” no incidente ocorrido um mês antes, e exigiram uma moratória sobre o desmantelamento quase diário dos campos, bem como o tratamento “desumano” dessas pessoas.
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