Interrupções de ruas, queima de pneus na via pública e ataques a edifícios caracterizaram os acontecimentos ocorridos na madrugada desta segunda-feira, principalmente na comuna de Benfica.
Em declarações ao vivo na televisão estatal (TPA), o superintendente Goudel informou que a situação foi controlada e vários dos instigadores estão detidos, cujos propósitos são duvidosos, por não pertencerem ao sindicato dos taxistas.
“Os autores já estão devidamente catalogados e com atas preparadas para serem enviadas ao Ministério Público para julgamento sumário”, disse o responsável no canal 1 da TPA.
Há 17 detidos, incluindo o mandante do vandalismo contra o Comité de Acção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, partido no poder) em Benfica, o incêndio de um autocarro e a agressão física a um jornalista da TV Palanca canal, ele explicou.
Conforme raciocinou, a greve é um direito constitucional no país, mas os atos ocorridos hoje constituem crimes comuns, contra os quais a Polícia é obrigada a atuar para restabelecer a ordem e a tranquilidade públicas.
A perturbação ocorreu depois de o Governo ter respondido a reclamações de taxistas e autorizado a utilização da lotação máxima das viaturas, cujo número de passageiros foi limitado pelas medidas sanitárias contra a pandemia de Covid-19.
Esta segunda-feira alguns taxistas preparavam-se para retomar a actividade normal quando foram surpreendidos por ameaças de um grupo de sujeitos, “com motivações ainda por determinar”, disse o porta-voz da instituição militar.
“Estes indivíduos ameaçaram a população, montaram barricadas, incendiaram autocarros, vandalizaram a Comissão de Acção do MPLA e tinham a intenção de chegar à esquadra da polícia” em Benfica, denunciou o agente.
mem / mjm / glmv