Entretanto, o funcionário considerou as negociações de segunda-feira muito concretas e substanciais, ressaltando que os diplomatas russos tiveram a oportunidade de explicar a lógica e o conteúdo dos projetos de acordos apresentados a Washington e à sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Falando aos repórteres após a reunião, o Sr. Riabkov disse que embora as conversas de quase oito horas “permitam o otimismo”, as partes não tomaram decisões políticas no diálogo de segunda-feira.
Ele explicou que estas seriam tomadas após as conversações com a OTAN na quarta-feira 12 de janeiro e a reunião com a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em 13 de janeiro.
De acordo com o vice-ministro russo das Relações Exteriores, as principais questões sobre os compromissos de segurança propostos exigidos por Moscou “estão em espera”.
Sobre os pontos da reunião, ele observou que o lado russo explicou como é imperativo para a Rússia obter garantias legais contra a expansão da OTAN e contra o destacamento perto de suas fronteiras de forças de ataque que poderiam atingir alvos em seu território.
Ele também enfatizou a necessidade do bloco militar retornar às fronteiras que tinha em 1997, antes de começar a capturar os países do antigo bloco socialista.
“Deixamos claro que se não houver progresso nestas áreas-chave, indispensáveis, indispensáveis, necessárias para nós, o trabalho em outros aspectos, embora importantes, estará em dúvida”, disse ele.
Segundo a televisão RT, Riyabkov alertou para os perigos de um cenário em que “os países da OTAN cometem um erro e agem em detrimento da segurança europeia”.
Ele acrescentou que não era inesperado que o lado americano, no tom das declarações dos últimos dias e meses, apresentasse suas reivindicações sobre a presença de tropas russas perto das fronteiras com a Ucrânia.
O chefe da delegação de Moscou comentou que a representação de Washington liderada pela Subsecretária de Estado Wendy Sherman emitiu ameaças e avisos sobre uma suposta invasão da Ucrânia, à qual a Rússia respondeu que não tem planos de iniciar um conflito com a Ucrânia.
Na reunião, os EUA rejeitaram algumas propostas russas e indicaram que não desistiriam de cooperar com países que querem trabalhar juntos, incluindo a Ucrânia.
Além de Riyabkov, a delegação russa incluiu o vice-ministro da Defesa Alexander Fomin.
Em 17 de dezembro, Moscou publicou dois projetos de possíveis acordos sobre compromissos de segurança jurídica a longo prazo para os EUA e a OTAN.
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