Na opinião do MPLA, os incidentes denotam uma “exploração populista condenável” de um assunto tratado pelas autoridades competentes, noticiou terça-feira o jornal angolano Jornal na sua edição digital.
O secretariado do Bureau Político do partido chamou a atenção para o perigo que esta “manipulação irresponsável e gratuita” representa para o normal funcionamento das entidades públicas e privadas, em particular, das entidades político-partidárias.
Como resumiu o jornal, um autocarro do Centro de Hemodiálise do Sol foi totalmente incendiado por manifestantes na zona de Benfica, onde também rasgaram bandeiras e incendiaram a sede da comissão local do MPLA.
Vários jornalistas também não escaparam aos ataques: o repórter Orlando Luís, da Palanca TV, estava prestes a perder a vida, pois lhe foi atirado óleo para o queimar vivo nas imediações do edifício do MPLA em Benfica, exemplifica o Jornal de Angola.
Na zona do Cacuaco, abunda a reportagem, alguns motociclistas, dedicados ao transporte de passageiros, também foram vítimas de violência e viram os pneus das suas motos furados, supostamente por não se solidarizarem com a greve dos taxistas.
Perante estes incidentes, o Bureau Político do MPLA exortou os seus militantes, simpatizantes e amigos a permanecerem calmos e serenos, abstendo-se de provocações e seguindo os princípios da organização em defesa da paz e da estabilidade.
As autoridades competentes são responsáveis por assegurar o devido tratamento daqueles que estão a agir de forma contrária aos princípios constitucionalmente estabelecidos, sublinhou o comunicado.
Para preservar a paz, a estabilidade e desencorajar actos de desrespeito à autoridade, o MPLA encorajou as forças policiais e o sistema de justiça a infligir celeridade e punição exemplar aos implicados em crimes.
Por sua vez, o Ministério da Saúde (Minsa) condenou a destruição total de um ônibus do Centro de Tratamento de Epidemias e Endemias, que transportava profissionais para mais um dia de trabalho.
O autocarro, devidamente identificado, foi atacado por desconhecidos, que feriram alguns passageiros com objectos contundentes e saquearam os seus objectos pessoais, antes de destruírem completamente o veículo por fogo, disse o Minsa em comunicado de imprensa.
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