Em sua conta no Twitter, o presidente lembrou que “já são 20 anos de abusos escandalosos em território cubano ilegalmente ocupado na Baía de Guantánamo pelos maiores violadores de direitos humanos do mundo”.
Esta terça-feira marca duas décadas desde a chegada dos primeiros prisioneiros ao cárcere estabelecido pelo governo dos Estados Unidos naquela base militar, que Washington mantém no extremo leste de Cuba, apesar das constantes exigências das autoridades da ilha para sua devolução.
De fato, no dia anterior, especialistas em direitos humanos da ONU condenaram os abusos cometidos naquela prisão.
Em nota, o grupo de relatores independentes da organização multilateral indicou que nesse complexo são cometidas violações implacáveis e contínuas das garantias fundamentais dos detidos, o que constitui uma mancha para o governo de Washington em questões como o Estado de Direito.
Os relatores rejeitaram as detenções arbitrárias sem julgamento e as torturas ou maus-tratos perpetrados naquele centro.
Estas são práticas “inaceitáveis” para qualquer governo, mas particularmente para o estadunidense que afirma ser um protetor dos direitos humanos, enfatizaram. Da mesma forma, repudiaram a impunidade dos responsáveis por esses abusos.
Mais uma vez, especialistas da ONU pediram a Washington para fechar a prisão, devolver os detidos para suas casas ou para países terceiros seguros.
Em 2003, recordam, a prisão albergava 700 reclusos e, duas décadas depois, ainda há 39 detidos, dos quais apenas nove foram acusados ou condenados por qualquer crime.
De 2002 a 2021, nove detentos morreram sob custódia, dois de causas naturais, e sete supostamente cometeram suicídio. Nenhum deles foi acusado ou condenado por qualquer crime.
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