“Acreditamos que a cooperação económica e empresarial pode ser o motor das relações entre os dois países, através de alianças nos mais diversos sectores”, disse o presidente, que chegou a Luanda no passado domingo.
Tanto Neves como o presidente angolano, João Lourenço, confirmaram à imprensa que ambos os governos têm actualmente planos muito concretos no sentido de abrir novos caminhos para os transportes marítimos e aéreos e a aeronáutica civil.
“Estamos a trabalhar rapidamente para criar uma empresa que, a partir de Cabo Verde, possa explorar o mercado da África Ocidental, ao nível do transporte de passageiros na região, em benefício de todos os países interessados”, disse Lourenço.
Entre os setores prioritários, também incluíram comércio, turismo, pesca, agricultura, segurança, finanças, educação, administração pública, tecnologia da informação, energias renováveis, saúde e cultura.
Da mesma forma, defenderam a institucionalização de mecanismos de diálogo entre as agências de investimento e promoção de exportações dos dois países, a fim de ampliar e diversificar a atuação empresarial.
“Acredito que Cabo Verde tem imensas possibilidades de aproximar Angola da África Ocidental, para negócios nas mais variadas áreas”, disse Neves.
A entrada em funcionamento da zona de comércio livre continental africana, estimou, constitui uma excelente oportunidade para reforçar a integração e garantir a recuperação das economias, após a pandemia de Covid-19.
Antes de terminar a visita amanhã, Neves pretende manter um encontro com representantes da comunidade cabo-verdiana e fazer uma visita ao Campus Universitário Agostinho Neto e à Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas, ambos em Luanda.
Esta segunda-feira prestou homenagem ao pai fundador da nação angolana e primeiro presidente da República, Agostinho Neto, com uma visita ao memorial onde repousam os seus restos mortais, e proferiu um discurso perante a Assembleia Nacional (Parlamento unicameral).
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