Relatórios recentes divulgados no organismo multilateral alertam que o aumento dos confrontos, registrados desde dezembro, mina as perspectivas de se chegar a um acordo político sustentável visando o fim da guerra.
De acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, dois terços da população do país, cerca de 20 milhões de pessoas, dependem de assistência humanitária e 80% vivem abaixo da linha da pobreza.
Enquanto isso, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento alertou que o Iêmen está passando pela “pior e maior catástrofe humanitária do mundo” e, nesse sentido, projetou que até o final de 2021 a guerra terá matado 337 mil pessoas diretamente ou indiretamente.
No dia anterior, as tropas do governo iemenita e seus aliados recuperaram o controle total da província de Shabwa, no sul, após violentos combates com os rebeldes houties, segundo fontes oficiais.
Vários meios de comunicação do governo também se referiram a ganhos no distrito de Harib, na vizinha província de Marib.
Essa última área e sua capital de mesmo nome têm sido palco de violentos confrontos desde fevereiro do ano passado, após a ofensiva iniciada pelos huties, que desde então tentam, sem sucesso, ocupá-la.
Além de sua riqueza petrolífera, o território é fundamental porque representa o último grande reduto controlado no centro desta nação pelas forças do presidente Abd Rabbu Mansour Hadi e também liga várias províncias vizinhas.
A guerra no Iêmen começou em 2014, quando os rebeldes pegaram em armas e ocuparam grandes áreas do país, incluindo a capital, Sana’a.
Em 2015, o conflito se intensificou com o início dos bombardeios por uma coalizão anti-insurgente liderada pela Arábia Saudita.
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