De acordo com o relatório Composite Leading Indicators (CLI) de dezembro, a recuperação que começou no início de 2021 já atingiu seu auge nas economias mais avançadas.
Isto se reflete nos indicadores que antecipam o crescimento, que começaram a desacelerar de acordo com a organização, de modo que se espera que a dinâmica da recuperação caia na Alemanha, no Canadá, na Itália e no Reino Unido.
Enquanto isso, outras nações como Japão, França e a zona do euro como um todo têm um crescimento estável, mas já ultrapassaram seu auge.
Entre os países da OCDE, a variação anual do CLI (medindo variáveis como ordens industriais, confiança, licenças de construção, registros de automóveis, etc.) foi de 1,55 por cento, o que é considerado crescimento estável.
Entretanto, economias como os Estados Unidos mostram níveis abaixo de sua tendência de longo prazo, já que seu indicador vem diminuindo por seis meses consecutivos e em dezembro caiu para 99,91 pontos, abaixo da média de longo prazo de 100.
No caso da China, embora tenha atingido um pico de crescimento em 2021 com um aumento de 8,1% do produto interno bruto, o maior desde 2011, espera-se que perca impulso nos próximos meses, o relatório endossa.
A Rússia, por sua vez, teve um ritmo favorável ao longo de 2021 e atingiu 103,89 pontos em dezembro, informou o relatório da OCDE.
Da América Latina vêm sinais de crescimento econômico acima das previsões de longo prazo na Colômbia, México e Chile.
Embora os dois últimos indicadores tenham caído ligeiramente: Chile com 9 centésimos (101,40 pontos) e México com 10 (101,60); Colômbia (101,97 pontos) está em alta há mais de um ano e em dezembro voltou a crescer, embora muito ligeiramente (um centésimo).
O Brasil, por outro lado, mostrou fortes sinais de desaceleração de acordo com a organização, caindo 90 décimos de ponto em dezembro para 98,59 pontos e se afastando do nível 100 que marca a tendência de longo prazo.
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