De acordo com a vice-presidenta Rosario Murillo, o país homenageará o diplomata e jornalista por meio de bandas de marimba, danças folclóricas, ciclos de poesia e música; além de eventos organizados pelo Ministério da Educação e a seleção de musas darianas nas prefeituras.
O lema das propostas culturais, Rubén, Sempre Azul Intenso, alude ao seu livro de contos e poemas Azul, considerado um dos mais relevantes da língua espanhola e publicado pela primeira vez em Valparaíso, Chile, em 30 de julho de 1888 com textos publicados na imprensa daquele país sul-americano.
Os moradores vão depositar flores, desde a madrugada desta terça-feira, nos monumentos consagrados ao escritor nicaraguense, nascido em 18 de janeiro de 1867 na cidade conhecida como Ciudad Darío, antiga San Pedro de Metapa, no departamento de Matagalpa.
De seu livro O Bardo Eterno, Rubén Dario, O poeta universal da América Central, o acadêmico Francisco Bautista descreveu o escritor como um “empreendedor de sucesso”, pois, mediado pelas adversidades de um país da periferia cultural e econômica, atingiu o maior auge dentro das letras da América Latina.
“É surpreendente porque ele não tinha nem o ensino médio. Era um autodidata que aprendeu, leu e construiu sua própria concepção de literatura, mudou as regras e se rebelou contra o dogmatismo das escolas, por isso, não tem Prêmio de Literatura”, disse à Prensa Latina.
Também não é membro da Real Academia Espanhola, porém, na opinião de Bautista, impôs novas regras e dentro do estudo da linguagem há uma etapa anterior e posterior ao autor nicaraguense, desprovida, em seus primórdios, de um currículo extenso ou de uma plataforma política e culturalmente significativa.
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