Em declarações ao canal Soloviov Live YouTube, ela lembrou que ontem os dois funcionários falaram por telefone sobre garantias de segurança por iniciativa de Washington e concordaram em realizar uma reunião.
Ela alertou que os detalhes estão sendo acertados. “Tomamos como ponto de partida que esta reunião possa ser realizada nesta mesma data. Está sendo preparada agora”, disse.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores local, no diálogo desta terça-feira, o chefe da diplomacia de Moscou reiterou o imperativo de que Washington ofereça respostas concretas “por escrito e ponto a ponto” o mais rápido possível às propostas russas sobre garantias de segurança jurídica.
Ressaltou que tais compromissos se baseariam no princípio da indivisibilidade da segurança, aprovado por todos os países euro-atlânticos.
Lavrov pediu a Blinken que não respondesse a especulações sobre uma suposta “agressão russa” iminente contra a Ucrânia e pediu que ele exigisse que Kiev aplicasse os acordos de Minsk.
O comunicado russo informa que os representantes de Moscou e Washington trocaram os resultados do diálogo entre as delegações dos dois países em 10 de janeiro, em Genebra; e o Conselho Rússia-OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) reunido em 12 de janeiro, em Bruxelas.
Nesta quarta-feira, o secretário de Estado dos EUA visita Kiev, onde conversará com o presidente e o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Vladimir Zelensky e Dmitri Kuleba, respectivamente, para reforçar o compromisso de Washington com aquele país, informou a Casa Branca.
Em 20 de janeiro, Blinken se reunirá com a ministra das Relações Exteriores alemã Annalena Baerbock em Berlim para discutir esforços conjuntos para conter a suposta agressão da Rússia contra a Ucrânia, disse o comunicado.
Moscou publicou os dois rascunhos de possíveis acordos de compromisso legal de segurança de longo prazo entregues aos Estados Unidos e à OTAN em 17 de dezembro.
Entre outros pontos, a proposta afirma que a Rússia e os Estados Unidos concordariam em não usar o território de terceiros países para preparar ofensivas ou realizar ações armadas que afetem os interesses fundamentais de segurança da outra parte.
Solicita a eliminação de toda a infraestrutura disponível para a implantação de armas nucleares fora do território de ambos os países e a proibição do treinamento de pessoal militar e civil de nações sem armas nucleares para seu uso.
“As partes não realizarão exercícios e treinamentos militares, incluindo o desenvolvimento de cenários de guerra para o uso de armas nucleares”, afirma o documento.
Além disso, Moscou insta Washington a renunciar reciprocamente à implantação de armas nucleares fora do território nacional e repatriar as já implantadas.
A demanda estabelece um compromisso mútuo de não expandir mísseis terrestres de médio e curto alcance em outros países ou em áreas de seu território a partir das quais seja possível atingir a outra parte.
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