O álbum de Valdés estréia na Sala Covarrubias do Teatro Nacional de Cuba com um concerto que terá como convidados jovens e consagrados, todos expoentes de renome do gênero na ilha.
Yaroldy Abreu, Jamil Schery, Gastón Joya, Rolando Luna, Roberto Carcassés, Ele Valdés, Eme y Carlos Alfonso são algumas das estrelas presentes no disco e na lista de intérpretes que participaram na função, auspiciada pelo Centro Nacional de Musica Popular.
O fonograma nasceu durante o período de quarentena do COVID-19, razão pela qual o autor decidiu batizá-lo assim em homenagem àquela máscara, peça essencial do vestuário que distingue o vestuário neste período de pandemia.
Segundo os analistas, a proposta de Valdés destaca sua atuação como compositor em seu último período criativo e constitui uma espécie de resumo “das diferentes formas de tocar bateria, de acordo com os gêneros e instrumentos que compõem cada formato”.
“Com música original e cubana, o material mostra em nove temas a voz de um instrumentista que busca demonstrar o legado de seus professores e seu impacto na sedimentação de seu próprio estilo”, argumentam os especialistas.
O percussionista é autor de muitas das canções que compõem o álbum, incluindo uma versão de El Necio, de Silvio Rodríguez, Nasobuco e Maní, em coautoria com Alejandro Delgado e Julio Padrón, respectivamente.
Produzido por NuCubMusic Project e Four Wives, o álbum foi gravado nos estúdios Ojalá por Olimpia Calderón e mixado e masteurizado na cidade norte-americana de Los Angeles pelo músico cubano Jimmy Branly.
Além disso, conta com um videoclipe documental de El Necio e um material demonstrativo do processo de trabalho que mostra a excelência de um músico com presença relevante em produções discográficas de artistas cubanos e estrangeiros.
Até 23 de janeiro, o jazz celebra seu maior festival em Cuba que aposta pela mistura de estilos e gêneros, expressão do processo de hibridização que toda uma área da música cubana vive atualmente.
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