Numa sessão plenária da Duma Estatal Russa (Câmara Baixa do Parlamento) em Moscou o chefe de Estado destacou essa oposição às democracias independentes, ao reconhecimento da identidade nacional, à cultura e às tradições populares.
Para ele, a estratégia de dominação está falhando e os Estados Unidos estão agora em sua posição mais fraca, embora o desejo de Washington por uma política expansionista não tenha desaparecido e faça parte de sua agenda.
“O objetivo mais importante é enfraquecer os estados independentes precisamente por dentro, impondo sanções econômicas e desestabilizando a situação interna do país”, disse.
Raisi reiterou que a cooperação entre Moscou e Teerã na Síria pode se tornar um modelo para o desenvolvimento das relações bilaterais em outras áreas, e agradeceu à Rússia por tal interação.
Sublinhou que esta colaboração foi possibilitada pela resistência do povo e do Governo da Síria contra o terrorismo e sublinhou que as conquistas alcançadas garantirão a independência daquele Estado e conduzirão a uma paz e segurança duradouras na região.
De acordo com o programa da visita do presidente iraniano, Raisi deve visitar a Grande Mesquita de Moscou nesta quinta-feira e se reunir com clérigos de diferentes regiões do país, informou a agência de notícias TASS.
Por outro lado, o chanceler russo, Sergey Lavrov, manterá conversações com seu homólogo iraniano, Hossein Amir Abdolahian, que está nesta capital como parte da delegação de Teerã.
Na véspera, o presidente iraniano afirmou em reunião com seu homólogo russo, Vladimir Putin, que “o atual nível de laços comerciais e econômicos não é satisfatório”, pelo que ambos os países poderiam aumentá-los. Nesse sentido, ele entregou a Moscou um projeto de acordo sobre cooperação estratégica por 20 anos.
Segundo Raisi, nas condições atuais, o Irã pode desenvolver cooperação com a Rússia nas áreas de economia, política, cultura, ciência, tecnologia, defesa e militar, além de segurança e espaço.
Durante a reunião, ambos os líderes também discutiram as sanções ocidentais contra aquela república islâmica.
“Estamos contra os americanos há mais de 40 anos. E nunca vamos parar o progresso e o desenvolvimento do país por causa de sanções ou ameaças”, enfatizou o presidente iraniano, observando que Teerã está fazendo esforços para garantir que essas medidas sejam suspensas.
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