Em 18 de janeiro, os dois funcionários discutiram a questão por telefone por iniciativa de Washington e concordaram em realizar uma reunião, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.
No diálogo de terça-feira, o chefe da diplomacia russa reiterou o imperativo de Washington fornecer respostas concretas “escritas” e “ponto a ponto” ao rascunho de compromissos de segurança de Moscou o mais rápido possível.
Ele destacou que tais garantias se baseiam no princípio da indivisibilidade da segurança, que foi aprovado por todos os países euroatlânticos, membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Além disso, Lavrov solicitou a Blinken que não retorquisse especulações sobre uma “agressão russa” iminente contra a Ucrânia e o exortou a exigir que Kiev implementasse os acordos de Minsk.
Os representantes de Moscou e Washington trocaram informações sobre os resultados do diálogo entre as delegações dos dois países em 10 de janeiro em Genebra e o Conselho Rússia-OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), reunido em 12 de janeiro em Bruxelas.
Em 17 de dezembro, a Rússia divulgou dois projetos de possíveis acordos sobre compromissos de segurança jurídica a longo prazo com os EUA e a OTAN.
Entre outros pontos, a proposta afirma que a Rússia e os EUA concordariam em não utilizar o território de países terceiros para preparar ofensivas ou realizar ações armadas que afetem os interesses fundamentais de segurança da outra parte.
Ela exige a eliminação de toda a infraestrutura disponível para o uso de armas nucleares fora do território de ambas as nações e proíbe o treinamento de pessoal militar e civil de países não dotados de armas nucleares para seu uso.
“As partes não realizarão exercícios e treinamentos militares, incluindo o desenvolvimento de cenários militares para o uso de armas nucleares”, observa o documento.
Além disso, Moscou insta Washington a renunciar reciprocamente ao uso de armas nucleares fora de seu território nacional e a repatriar as já instaladas.
A demanda estabelece um compromisso mútuo de não expandir os mísseis terrestres de médio e curto alcance em outros países ou em áreas de seu território a partir das quais seria possível chegar à outra parte.
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