No início deste mês, a Conselheira Especial da ONU para a Líbia, Stephanie Williams, iniciou consultas com o objetivo de fazer avançar o processo eleitoral, que tem sofrido atrasos.
Nas diferentes reuniões, o Alto Representante insiste na necessidade de manter as eleições e de realizar as aspirações dos 2,8 milhões de cidadãos líbios que se registraram para votar.
Algumas das propostas apresentadas pelos atores políticos do país têm uma abordagem sequenciada, com eleições parlamentares sendo realizadas primeiro, de acordo com os dados divulgados aqui.
Em dezembro, o Secretário Geral da ONU, António Guterres, pediu respeito pela vontade do povo líbio nas próximas eleições presidenciais e parlamentares do país, cuja data ainda não foi determinada.
O chefe da ONU disse ter tomado nota do anúncio feito pela Alta Comissão Eleitoral Nacional da Líbia de que a data de 24 de dezembro inicialmente estabelecida para as eleições não poderia ser cumprida.
Isto se deveu a obstáculos relacionados a deficiências na legislação eleitoral e ao processo de desafios e apelos relacionados à elegibilidade dos candidatos.
Além disso, essa declaração afirmava que a Câmara dos Deputados do território norte-africano deve estabelecer uma nova data para o primeiro turno das eleições presidenciais.
Desde 2011, o caos e o confronto têm prevalecido na Líbia, onde uma intervenção militar da OTAN levou à queda e ao assassinato de Muammar Kadhafi.
Até hoje, as lutas pelo poder e as ações das milícias e grupos terroristas continuam no país rico em petróleo, enquanto a criminalidade e o tráfico de pessoas e armas estão em alta.
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