“Tudo isso não está acontecendo por causa do que nós, Rússia, estamos fazendo. Tudo isso está acontecendo por causa da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e dos Estados Unidos e as informações que eles divulgam”, disse o funcionário a um briefing.
Segundo o chefe do serviço de imprensa do Kremlin, a escalada da tensão no campo da segurança se deve à histeria da informação, manipulações da mídia, notícias falsas e as ações concretas de Washington e da Aliança Atlântica.
Peskov referiu-se ao interesse de Moscou no fato de que os países deste bloco militar pedem às autoridades de Kiev, em cada declaração, que não pensem sequer na possibilidade de chegar a um acordo pela força na parte oriental do país.
Ele advertiu que a concentração do pessoal e equipamento militar de Kiev na linha de contato em Donbass sugere que o governo está preparando ações ofensivas, com o resultado de que a ameaça de provocações pelas Forças Armadas ucranianas naquela região é agora maior do que antes.
Comentando a participação dos navios da frota russa do Mar Báltico em exercícios navais, ele reiterou que seu país não pode ignorar o fortalecimento da infraestrutura da OTAN perto de suas fronteiras.
“De qualquer forma, há um processo constante de exercícios, manobras, construções militares que nunca pararam e vão continuar”, disse ele.
Peskov enfatizou que o Presidente Vladimir Putin, como comandante-chefe e pessoa que determina a política externa nacional, toma as medidas necessárias para garantir adequadamente a segurança e os interesses da Rússia e de seus cidadãos.
Ele lembrou que Moscou iniciou negociações e consultas sobre as garantias de segurança para a Rússia. “Esperamos receber nesta semana respostas por escrito a nossas propostas, que visam nos ajudar a evitar situações tensas no futuro”, enfatizou ele.
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