A greve começará às 06h00, horário local, e motoristas de transportes pesados, urbanos e extra-urbanos, táxis e mototáxis, advertiram que não há tempo estipulado para a liberação das ruas até que o chefe de estado revogue o acordo 17-2020, que estabelece a obrigatoriedade de contratação de seguro por danos a terceiros.
Na sexta-feira passada, Giammattei assinou uma prorrogação de seis meses (quarta reforma) para a entrada em vigor da disposição emitida pelo ex-presidente Jimmy Morales; entretanto, os organizadores do protesto nacional indicaram que isso será indefinido, pois não querem continuar com o mesmo problema no futuro.
Além do fechamento das estradas, disseram eles, haverá manifestações em frente aos municípios e aos gabinetes dos governadores.
“Todos nós temos uma luta e hoje queremos pôr um fim a este problema em sua raiz”, explicou Víctor Bonilla, um dos líderes, que pediu desculpas à população pela interrupção do trânsito na segunda-feira, um dia tradicionalmente complicado.
Em vista da advertência emitida na sexta-feira pelos motoristas, o Ministério do Interior garantiu que eles têm um protocolo em vigor para este tipo de cenário e que a primeira opção é o diálogo, a fim de convencer os não-conformistas a não prejudicar os direitos de outros cidadãos.
Por sua vez, a Gremial de Transportes e a Coordenadora Nacional de Transportes emitiram um comunicado, no qual anunciaram que respeitam a posição de seus colegas, mas não se juntarão à greve.
Eles deixaram claro que não concordam com os altos preços que as companhias de seguros querem cobrar, mas esperam que um acordo seja alcançado por meio do diálogo. “Não somos contra o seguro obrigatório; somos contra a quantia exorbitante que as seguradoras estão tentando cobrar”, explicou Rony Mendoza, presidente da Gremial de Transportes.
A greve vem em um momento marcado por tragédias rodoviárias no país, em sua maioria envolvendo transporte pesado e coletivo de passageiros.
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