Durante uma ligação com seu colega cambojano Hun Sen, atual presidente da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), Ismail reiterou o apelo por um diálogo político inclusivo envolvendo todas as partes.

Um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da Malásia na terça-feira disse que durante sua conversa por videoconferência, o líder malaio enfatizou as posições da Asean sobre Mianmar, incluindo a decisão de convidar um representante não político do país para as reuniões.

Hun Sen foi o primeiro líder estrangeiro a visitar Mianmar desde que a junta militar tomou o poder de políticos e provocou distúrbios civis e prisões em massa.

Na região , essa visita foi vista com preocupação, pois poderia ser interpretada como uma legitimação do governo da junta, já que o Camboja preside temporariamente a Asean este ano.

Segundo a fonte, Ismail apelou também à continuação da ajuda humanitária através do Centro de Coordenação de Assistência Humanitária do grupo para a gestão de desastres.

O golpe de Mianmar de 1º de fevereiro de 2021 provocou protestos civis generalizados e, de acordo com relatórios não oficiais, mais de 1.400 manifestantes foram mortos pelas forças de segurança até agora.

Além disso, mais de 8.000 pessoas foram detidas, incluindo líderes políticos, figuras influentes na cultura e na sociedade e jornalistas.

Hun Sen recentemente convidou o chefe da junta de Mianmar para uma cúpula da Asean, com a condição de que ele avançasse no Consenso de Cinco Pontos com o qual concordou em abril do ano passado.

O plano prevê o fim da violência, o diálogo inclusivo, a nomeação de um enviado especial do bloco para visitar Mianmar para se reunir com todas as partes interessadas e facilitar o diálogo, bem como a prestação de ajuda humanitária.

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