A proposta elaborada pela Ouvidoria chegou ao Parlamento em junho do ano passado e desde então começou sua análise, confiada à Justiça e à Estrutura da Comissão de Estado.
A questão gerou controvérsia mesmo dentro da legislatura, e é por isso que a mesa parlamentar fez algumas modificações no relatório inicial.
Há vários pontos controversos, mas o que se destaca está relacionado ao limite máximo de tempo para autorizar a interrupção voluntária da gravidez no caso de estupro.
A este respeito, o texto atual indica que as mulheres maiores de 18 anos podem fazer um aborto até 20 semanas de gravidez e as menores até 22 semanas.
No caso de mulheres grávidas com deficiência intelectual, o limite de tempo será definido pelas diretrizes para a assistência terapêutica ao aborto emitidas pelo Ministério da Saúde Pública.
Também estabelece como requisitos para o acesso a este serviço que as mulheres com mais de 14 anos de idade que tenham sido agredidas sexualmente e engravidem como resultado desta ação devem preencher formulários para apoiar o pedido.
Uma vez que o documento tenha sido avaliado, ele irá à presidência da República para revisão pelo presidente, Guillermo Lasso, que já disse que vetará o documento se o texto “for além da norma constitucional”.
Se o projeto de lei for totalmente vetado, passará um ano antes de poder ser tratado novamente.
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