Referindo-se à Lei do Orçamento do Estado para o corrente ano, aprovada pela Assembleia Nacional (parlamento), a responsável dessa pasta ponderou essa aposta porque o plano econômico apoia programas e serviços básicos à população, onde os itens municipais desempenham um papel fundamental. Para a transformação da gestão orçamentária, devem ser criadas capacidades e habilidades nessas demarcações, para que possam ter recursos materiais e financeiros para investir em projetos de desenvolvimento local, além de solucionar problemas comunitários e até mesmo financiar serviços básicos.
Bolaños falou nesta terça-feira no espaço de rádio e televisão Mesa Redonda onde explicou que devido à situação econômica do país, a maioria dos itens municipais estão em déficit e têm de receber transferências do plano central para cobrir as suas despesas sociais.
Acrescentou que para isso é necessário aumentar a atividade econômica dos territórios com base nas suas características e potencialidades, para além das medidas aprovadas no âmbito da estratégia econômica e social do país, incluindo a descentralização dos poderes.
Explicou que o país estuda a possibilidade de que empresas cuja força de trabalho e recursos naturais estejam na comunidade deixem de ser de subordinação nacional e se tornem unidades municipais, cujas contribuições seriam utilizadas para o desenvolvimento local.
A titular de Finanças e Preços destacou que as limitações que a economia cubana terá que enfrentar este ano, que mantém as complexidades da crise mundial agravada pela pandemia, juntamente com o aperto do bloqueio, são desafios que também se refletem na Orçamento do Estado.
No entanto, sublinhou que continua a ser um plano de despesa do Estado puramente social, composto pelos orçamentos locais (municipais e provinciais), dos quais os territoriais são apoiados em termos de investimentos, subsídios a cesta básica familiar regulamentada e serviços de alto impacto social da proteção à população.
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