O primeiro-ministro egípcio Mostafa Madbouli disse em sua conta no Facebook que o Cairo quer chegar a um acordo vinculativo para resolver a disputa entre esta nação e o Sudão com a Etiópia.
Estamos prontos para retomar as negociações o mais rápido possível com o objetivo de acabar com as divergências técnicas e jurídicas para conseguir um pacto justo e equilibrado, escreveu.
Ele lembrou que qualquer proposta deve levar em conta a escassez de água do Egito e sua dependência do Nilo como principal recurso hídrico.
Durante uma visita a Omã, o ministro das Relações Exteriores egípcio Sameh Shoukry propôs a retomada das negociações há três dias.
O chanceler afirmou que seu governo não é responsável pela interrupção das negociações sobre a DRGE, fonte de conflito desde o início de sua construção, há uma década.
Em meados do ano passado, as tensões aumentaram após a decisão da Etiópia de realizar o segundo enchimento da instalação unilateralmente, o que suscitou fortes protestos de Cartum e Cairo.
O Egito afirma que a obra ameaça sua cota de água do rio Nilo, do qual depende quase inteiramente o consumo humano, a agricultura e a indústria do país, com mais de 100 milhões de habitantes.
Por seu lado, as autoridades de Adis Abeba consideram a DRGE a chave para fornecer eletricidade aos mais de 110 milhões de habitantes da Etiópia e, assim, promover o desenvolvimento socioeconómico do país africano.
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