Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a informação sobre as restrições aos produtos do país báltico é falsa e lembrou que a disputa bilateral é de natureza política, porque Vilnius (capital da Lituânia) prejudicou os interesses da China.
Criticou os planos da União Europeia (UE) de entrar com uma ação contra a nação asiática sobre o assunto na Organização Mundial do Comércio (OMC), chamou-a para distinguir o certo do errado e alertou sobre as intenções da Lituânia de colocar os laços Beijing-Bruxelas em risco.
Enquanto isso, o Ministério do Comércio afirmou que a China sempre cumpriu as regras da OMC e fará o mesmo para lidar com a disputa com a UE.
A disputa surgiu no momento em que circulavam relatos de chineses e outros empresários deixando a Lituânia, temendo que o agravamento do atrito afetasse os negócios.
Em novembro passado, Beijing rebaixou os laços diplomáticos com Vilnius para o nível de chargé d’affaires, protestando contra a abertura daquele país de um escritório em Taiwan.
Suas autoridades indicaram então que era uma contramedida legítima em defesa de sua soberania e integridade territorial, e toda a responsabilidade cabia à nação europeia.
Dessa forma, os laços mútuos se deterioraram, analistas locais previam um golpe no intercâmbio econômico-comercial e também um isolamento da Lituânia nos fóruns internacionais, já que não poderá contar com o apoio da nação asiática.
Beijing considerou as decisões de Vilnius uma interferência em seus assuntos internos, denunciou a mão dos Estados Unidos por trás de cada ação e até deplorou as declarações subsequentes do ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, em Washington, sobre a redução da dependência da China.
Em meio à controvérsia, a Lituânia retirou todo o seu pessoal diplomático daqui em dezembro, alegando preocupações de segurança e também proibindo cidadãos nativos de trabalhar na embaixada.
O gigante asiático negou esses argumentos e os descreveu como acusações fabricadas.
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