É bom que pessoas como Yair Lapid (ministro das Relações Exteriores) e Benny Gantz (chefe da Defesa) apoiem o estabelecimento de um Estado palestino, mas meu campo se opõe, enfatizou o chefe de governo em entrevista ao The Jerusalem Post, referindo-se ao setor de extrema-direita que ele representa.
A aliança governamental é formada por oito partidos de diversas tendências ideológicas.
Bennett justificou sua posição pela decisão da Autoridade Nacional Palestina de apoiar as investigações do Tribunal Penal Internacional pelos crimes cometidos por Tel Aviv na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.
Além disso, reiterou a tese da direita ao criticar os dirigentes da Autoridade por transferir dinheiro para terroristas, como Israel qualifica os palestinos que lutam contra a ocupação de suas terras.
O também líder do partido ultranacionalista Yamina defendeu a colonização judaica na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, apesar da rejeição de tal política geral no mundo.
Após semanas de silêncio, o chefe do governo criticou a recente onda de violência dos colonos contra os palestinos, muito questionada por setores da esquerda da oposição e até por vários ministros, como o ministro da Segurança Interna, Omar Barlev.
Em relação ao Irã, ele mais uma vez ameaçou lançar ataques contra as instalações nucleares daquele país.
“Minha doutrina afirma que esta guerra fria entre Irã e Israel não é unilateral. Quero enfraquecê-los e prejudicar suas forças em todas as dimensões”, alertou.
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