Em entrevista às rádios nacionais, o responsável afirmou que as conversações com os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre questões de segurança ainda não foram concluídas.
Ele lembrou que os países ocidentais passaram mais de um mês estudando as propostas incluídas no projeto de tratado com Washington e de acordo com a Aliança Atlântica, da qual Moscou recebeu respostas em 26 de janeiro.
Em sua opinião, os pontos de vista dos homólogos são escritos “naquele estilo ocidental, eles ofuscam muitas coisas, mas há grãos racionais em questões secundárias” que foram de grande importância em certos estágios.
Ele destacou que esse é o problema que surgiu após a retirada dos EUA do Tratado para a Eliminação de Mísseis de Curto e Médio Alcance (INF), em 2 de agosto de 2019.
Recordou que nessa altura o presidente, Vladimir Putin, enviou uma mensagem a todos os membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, propondo aderir à moratória unilateral russa para acordar medidas de verificação destas armas.
O chefe da diplomacia de Moscou salientou que este apelo foi ignorado, no entanto, agora está incluído entre as propostas contidas nas respostas do Ocidente.
Ele citou que da mesma forma aparecem iniciativas russas, anteriormente descartadas, para distanciar as manobras de ambos os lados da fronteira, acordar uma distância máxima para a aproximação de aviões de combate e navios de guerra e várias outras medidas de relaxamento, desescalada e promoção da confiança.
“Tudo isso foi rejeitado nos últimos dois ou três anos. Agora se propõe discutir tudo isso. Ou seja, quão construtivas essas propostas contêm, de fato, foi tirada das iniciativas russas dos últimos tempos. Mas isso é, eu acho, pelo menos alguma coisa”, disse ele.
O chanceler destacou que, no entanto, o mais importante para seu país é lidar com as bases conceituais sobre as quais se constrói a segurança europeia.
Em outra parte da entrevista, Lavrov enfatizou que se Washington adotar um novo pacote de medidas unilaterais contra Moscou, que segundo os anúncios incluem o fechamento dos sistemas financeiro e econômico controlados pelo Ocidente, isso equivaleria a uma ruptura nas relações entre os Estados Unidos Estados Unidos e Rússia.
Para a manchete, o Ocidente entende que a imposição dessas sanções “não beneficia os interesses de ninguém”.
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