A denúncia perante a comunidade internacional, países garantidores do processo de paz, Cuba e Noruega, Missão das Nações Unidas, Ouvidoria, Procuradoria Geral da República e Controladoria, detalhou um conjunto de situações que confirmam sua preocupação.
Há um ano, foi apresentada a retirada das escoltas dos esquemas em que foram implementadas, porque a UNP não estabeleceu ações para resolver a situação dos contratos do grupo de escoltas que culminou no final do ano de 2020, detalhou.
No final de dezembro de 2021, a mesma situação se repetiu e ficou claro que se tratava da execução de uma política governamental voltada para a falta de proteção dos signatários da paz, acrescentou o Comunes em comunicado.
Nesta ocasião, referiu, a ação é realizada omitindo a retomada dos contratos das viaturas do regime de proteção, situação que se agrava hoje em plena campanha eleitoral.
Acrescentou que a rescisão do contrato entre a UNP e a empresa Security Rent, sem que a direção tenha tomado providências para fazer frente ao período em que a referida empresa deixa de funcionar até o reinício do contrato, deixou desprotegidos mais de 26 utilizadores da empresa no ramo especializado.
A partir de hoje, a segurança dos beneficiários dos esquemas de proteção está sob a responsabilidade do Diretor da UNP, uma vez que deixou a Subdireção Especializada sem a possibilidade de realizar as ações que lhe compete executar, sublinhou no texto .
“Reafirmamos que essas medidas, levadas a cabo pela liderança do UNP, deixam claro que é a aplicação de uma política governamental que visa aumentar os riscos enfrentados pelos ex-guerrilheiros das ex-FARC-EP, hoje em processo de reincorporação e imobilizar o partido dos Comunes em plena campanha eleitoral”, disse.
Nesse sentido, exigiu ação imediata e urgente do governo nacional para reativar as medidas de proteção aos camaradas que estavam totalmente desprotegidos.
Ele enfatizou que qualquer eventualidade que surja contra qualquer signatário da paz é de responsabilidade do governo nacional e resultado de ações governamentais contra o acordo de paz.
Na quinta-feira passada, o Tribunal Constitucional emitiu uma decisão que declarou o estado de coisas inconstitucional devido à falta de garantias de segurança para ex-guerrilheiros colombianos por parte do governo. O representante na Câmara do Partido Comunes Sergio Marín, em entrevista à Prensa Latina, destacou que, em termos da história das decisões da Corte, esta em particular pode ser caracterizada como inédita.
Sobretudo, salientou, porque não só diz que há uma flagrante violação dos direitos dos signatários do Acordo de Paz, como disse em outras ocasiões, como também ordenou ao Estado e ao governo colombianos que garantisse a segurança dos ex-combatentes que assinaram a paz.
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