Segundo fontes oficiais, em cerca de 78.000 pontos de reunião, os cidadãos dentro e fora da ilha poderão oferecer a sua aprovação, desacordo ou propostas de modificação do projeto que já recebeu a aprovação da Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento).
Conforme publicado pelo jornal local Granma, as 12.513 comissões eleitorais de distrito previstas no processo (instância básica da forma de governo na ilha) participaram do teste dinâmico realizado entre 27 e 28 de janeiro.
A secretária do Conselho Nacional Eleitoral (CEN), María Esther Bacalao, afirmou que na etapa anterior de formação participaram mais de 15.000 juristas, dos quais 1.606 eram estudantes de direito.
Segundo Bacalao, a transparência e o controle da consulta serão garantidos com 1.428 supervisores e 27.891 colaboradores que atuarão em todo o país como observadores do processo.
As autoridades antecipam a finalização da entrega das propostas à Comissão de Redação para tramitação em maio, e antes dessa data estavam previstas dois informativos.
Por outro lado, a Universidade de Ciências Informáticas apoiará o recolhimento das opiniões da população através de programas concebidos para esse objetivo.
Os últimos passos consistem na nova avaliação pelo Parlamento, que aprovará uma nova versão a ser posteriormente submetida a referendo popular.
Em declarações à Prensa Latina, o presidente da Sociedade Cubana de Direito Civil e de Família, Leonardo Pérez, comentou recentemente que o reconhecimento da multiparentalidade e das relações socioafetivas caracteriza o Código de Família e o torna um dos de maior ruptura da América Latina.
Segundo o especialista, o texto propõe uma maior inclusão, não só de pessoas diversas por motivos de sua orientação sexual, mas também diferentes por sua idade, exercício de capacidade e pluralidade.
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