Citado pela agência oficial de notícias Wafa, Shtayyeh criticou as recentes declarações de Bennett, que rejeitou a criação de um Estado palestino, conforme demanda da ONU e da comunidade internacional.
Esta posição demonstra “o extremismo do governo de ocupação e as suas posições hostis à paz e às negociações políticas com os palestinianos, bem como a sua recusa em cumprir os acordos assinados”, sublinhou.
Shtayyeh também denunciou a rápida colonização judaica da área ocupada de Jerusalém Oriental. Há três dias, o Ministério das Relações Exteriores da Palestina também criticou a recusa do primeiro-ministro israelense em reiniciar o diálogo de paz e alertou que essa estratégia visa perpetuar a ocupação por meio de um regime de Apartheid.
O extremista Bennett não perde a oportunidade de expressar sua ideologia obscurantista e suas posições contrárias à paz, denunciou em comunicado.
Em entrevista na semana passada ao The Jerusalem Post, Bennett reiterou sua recusa em criar um estado palestino. “É bom que pessoas como Yair Lapid (ministro das Relações Exteriores de Israel) e Benny Gantz (chefe da Defesa) apoiem essa ideia, mas meu campo se opõe”, destacou o chefe de governo, referindo-se ao setor de extrema-direita que ele representa.
A aliança governamental é composta por oito partidos de diversas tendências ideológicas. Bennett justificou sua posição pela decisão do Executivo palestino de apoiar as investigações do Tribunal Penal Internacional pelos crimes cometidos por Tel Aviv na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.
Além disso, reiterou a tese da direita ao criticar os dirigentes da Autoridade Nacional Palestina por transferir dinheiro para terroristas, como Israel qualifica os palestinos que lutam contra a ocupação de suas terras.
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