O governo de Moscou reiterou em várias ocasiões que o Ocidente está desenvolvendo uma campanha anti-russa e acusando-os de realizar supostos preparativos para atacar a Ucrânia, enquanto a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tenta aumentar suas atividades militares na área.
Na véspera, a representação russa junto ao organismo multilateral reiterou mais uma vez essas preocupações perante o Conselho de Segurança da ONU, em reunião convocada pelos Estados Unidos.
Como denunciou o representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Vasili Nebenzia, Washington pretende enganar a comunidade mundial sobre a verdadeira situação na Ucrânia.
O diplomata russo criticou a ingerência nos assuntos internos do seu país e rejeitou a declaração da delegação norte-americana, que considerou o destacamento de tropas russas na fronteira como uma ameaça à paz internacional.
“Na verdade, está sugerido que convoquemos uma reunião do Conselho de Segurança devido a especulações e acusações infundadas, que refutamos repetidamente”, ressaltou.
Nebenzia enfatizou o desejo de Washington de atiçar a histeria em torno de suas acusações de uma suposta agressão iminente de Moscou contra a Ucrânia: “Não há ameaça, agressão ou invasão planejada. Nâo foi dito nada por nenhum funcionário russo, pelo contrário, foi categoricamente rejeitado”, enfatizou.
Também lembrou que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, pediu nos últimos dias aos países ocidentais que não fomentem uma histeria infundada em torno da presença de tropas russas na fronteira.
Diante de tal cenário, o diplomata russo pediu que não se permitisse que a plataforma do Conselho de Segurança fosse utilizada para a implementação das pautas de propaganda do ocidente.
Por sua vez, a Secretária-Geral Adjunta para Assuntos Políticos e Consolidação da Paz da ONU, Rosemary DiCarlo, optou por canais diplomáticos para enfrentar as crescentes tensões em torno da Ucrânia e reiterou o apoio da organização multilateral nesse sentido.
Recentemente, Washington e Moscou mantiveram negociações depois que as tensões em torno da Ucrânia aumentaram quando o Ocidente acusa a Rússia de supostamente acumular suas tropas na fronteira em preparação para uma possível invasão.
Durante essas conversações, a Rússia defendeu o direito de mover suas forças dentro de seu próprio território como achar melhor e alertou para o aumento das atividades militares da OTAN nessa área.
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