A distinção mais clara é entre países de alta e baixa renda, com tratamento abrangente supostamente disponível em mais de 90% dos primeiros, mas menos de 15% em nações pobres, disse a organização em uma declaração.
Da mesma forma, dizia, a sobrevivência das crianças diagnosticadas com câncer é mais de 80% em estados de alta renda e menos de 30% em estados de baixa e média renda.
A OMS exemplificou a sobrevivência do câncer de mama cinco anos após o diagnóstico, que agora ultrapassa 80% na maioria dos países desenvolvidos, em comparação com 66 na Índia e apenas 40 na África do Sul.
Uma pesquisa recente da agência de saúde da ONU descobriu que os serviços de câncer são cobertos pelo maior esquema de financiamento de saúde governamental em cerca de 37% dos territórios de baixa e média renda.
Em contraste, os resultados apontaram, pelo menos 78% dos de alta renda, o que significa que um diagnóstico de câncer tem o potencial de empurrar as famílias para a pobreza, um efeito exacerbado durante a pandemia de Covid-19, ressaltou a OMS.
Por todas essas razões, refletiu a organização, o tema do Dia Internacional do Câncer deste ano é “fechar a lacuna dos cuidados” e garantir a implementação de muitas ações para levar cuidados de câncer de qualidade aos estados atualmente fora de alcance.
Os esforços da OMS se concentram no câncer de mama, o câncer mais comum, o câncer cervical, que pode ser eliminado, e o câncer infantil, diz a declaração.
O câncer é uma das principais causas de morte no mundo e seu peso está crescendo, com estimativas que sugerem que em 2021 o número total de mortes por câncer ultrapassou um novo limiar sóbrio: 20 milhões de pessoas foram diagnosticadas e 10 milhões morreram.
Os números podem continuar a aumentar nas próximas décadas, mas todos os cânceres são tratáveis e entre 30% e 50% podem ser prevenidos ou curados, disse a OMS.
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