Deve haver vontade na arena internacional, com ênfase no multilateralismo, para promover o crescimento econômico e o desenvolvimento social nos países do continente, disse Faki Mahamat, reeleito para um segundo mandato de quatro anos à frente da Comissão.
Da mesma forma, pediu maior solidariedade na região, solicitou o respeito à soberania de cada Estado e afirmou que é necessário combater as más práticas, incluindo a corrupção e o nepotismo, para promover o cumprimento da Agenda 2063.
Para o político e diplomata chadiano, as nações africanas, juntamente com outros países e organizações internacionais, devem unir esforços “para enfrentar os problemas de paz e segurança, e silenciar as armas”, com o objetivo de garantir uma paz sustentável em África.
Outra questão que destacou durante a abertura do evento foi a segurança em África, que considerou “profundamente marcada pela metástase do terrorismo e pelo perigoso ressurgimento de mudanças inconstitucionais”.
A expansão do terrorismo está a atingir níveis sem precedentes, assegurou, e comentou que o trabalho para alcançar a paz “requer uma abordagem verdadeiramente nova”, capaz de questionar e corrigir “a nossa arquitetura de segurança e a sua correlação com os novos fatores desestabilizadores”.
Depois de manifestar as suas dúvidas sobre a capacidade de África para silenciar as armas numa data fixa, sublinhou que “a perigosa expansão do mal requer uma mobilização internacional mais forte e uma solidariedade inter-africana mais frutífera, concreta e ativa”.
Sob o tema “Desenvolver a resiliência na nutrição em África: Acelerar o capital humano, o desenvolvimento social e econômico”, teve início no dia anterior o encontro que reúne líderes dos estados membros da UA, além de inúmeros convidados.
Realizada presencialmente pela primeira vez em dois anos, devido ao impacto do Covid-19, a Cúpula marca o 20º aniversário da UA a realizar em julho próximo e, além disso, a transferência da presidência rotativa da República Democrática do Congo ao Senegal.
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