A atriz australiana receberá o primeiro Goya Internacional, criado para “personalidades que contribuem para o cinema como uma arte que une culturas e espectadores de todo o mundo”, de acordo com os organizadores, na gala de premiação no próximo sábado em Valência.
Dois Oscars, três Globos de Ouro, três prêmios Screen Actors Guild e três BAFTAs marcam a carreira de Blanchet, que estrelou em Blue Jasmine, The Aviator, Babel, The Curious Case of Benjamin Button, a trilogia The Lord of the Rings, Where Art Thou, Bernadette, e Carol, destacando sua marca camaleônica.
Além desta seção, destaca-se no cenário internacional a presença de várias mulheres, a peruana Melina León e a argentina Paula Hernández na categoria Melhor Filme Ibero-Americano e a alemã Maria Schrader e a britânica Emerald Fennell no segmento europeu.
León é uma candidata com Canción sin nombre, que já foi selecionado para a Quinzena dos Diretores em Cannes, enquanto Hernández, com Las siamesas, vencedor de um prêmio no festival de Mar del Plata, está na disputa. Fennel é uma candidata com ninguém menos que a Jovem Mulher Promessa (que já tem um Oscar e um BAFTA).
A alemã Schrader foi indicada para O Homem Perfeito, que já ganhou um Urso de Prata por atuar (Maren Eggert) na Berlinale.
Entretanto, dos 43 filmes espanhóis na grade de indicação de Goya em diferentes categorias, nove foram dirigidos por mulheres. Destacam-se os diretores de Maixabel (Iciar Bollaín); Ama (Julia de Paz Solvas); Libertad (Clara Roquet), Chavalas (Carol Rodríguez Colás) e Álbum de pós-guerra (Airy Maragall).
Também aparecem Valentina (Chelo Loureiro); Totem Loba (Verónica Echegui); e Proceso de selección (Carla Pereira).
Em qualquer caso, os números ainda são insuficientes e estão longe de ser equilibrados. No entanto, o progresso pode ser percebido, embora ainda discreto.
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