“Em 2009, promulgamos a primeira Constituição Política do Estado Plurinacional, debatida, acordada e aprovada pelos membros da Assembleia eleitos expressamente para esse fim pelo povo. Foi assim que refundamos a Bolívia como um país inclusivo, digno e soberano”, disse o líder do Movimento ao Socialismo (MAS) no Twitter.
Na rede social, Morales descreveu o documento como um “marco histórico de compromisso e unidade pela luta e aspirações dos povos indígenas, da classe média e dos empresários comprometidos com o amor à pátria”.
Acrescentou que com a aprovação deste texto, considerado um dos mais avançados de seu tipo no mundo, esta nação andino-amazônica derrotou o estado racista, centralista e submisso.
Destacou a importância da unidade entre os povos indígenas, trabalhadores, intelectuais e profissionais do campo e da cidade, graças à qual surgiu um Estado descentralizado e autônomo, que reconhece os direitos dos povos indígenas e constitucionaliza os serviços básicos.
Também lembrou em declarações publicadas pela Agência Boliviana de Informação como os constituintes do MAS, apesar de serem a maioria na Assembleia Constituinte, foram expulsos da cidade de Sucre, em meio a agressões racistas promovidas pelos seguidores de Jorge Quiroga e Samuel Doria.
“Porque a violência, o racismo e a discriminação da direita era muito grave. Irmãs de saias de pólera que vieram a Sucre para a Assembleia foram expulsas de seus hotéis”, lembrou ele.
Entretanto, apesar dessas lamentáveis ações, explicou Morales, a nova Constituição foi promulgada em 7 de janeiro de 2009, com a qual a Bolívia iniciou um processo de mudanças profundas e históricas, dando origem ao Estado Plurinacional.
“Além das conquistas sociais que já foram constitucionalizadas, como os direitos coletivos, os direitos da Mãe Terra, estamos passando de uma República colonial para um Estado Plurinacional, algo único no mundo”, disse ele.
Em relação à plurinacionalidade estabelecida hoje na Carta Magna, ele a descreveu como unidade na diversidade com os mesmos direitos e deveres.
“Somos nacionalidades, não grupos étnicos; temos língua, não dialetos; somos cultura, não costumes”, disse ele.
Em 25 de janeiro de 2009, com 61,43% dos votos, a nova constituição foi aprovada em referendo, que foi promulgado em 7 de fevereiro do mesmo ano.
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