É o caso das barbaridades ocorridas nos centros conhecidos como Pozo de Banfield, Pozo de Quilmes e Brigada de Lanús, na província de Buenos Aires, que incluem o caso de 442 vítimas, incluindo 18 mulheres grávidas, seus companheiros, além de sete filhos nascidos em cativeiro.
De acordo com um comunicado da Associação de Avós da Plaza de Mayo, a audiência será transmitida ao vivo e nela Pedro Cerviño testemunhará pela vítima Nélida Azucena Sosa de Forti, que foi sequestrada junto com seus cinco filhos.
Pelo depoimento de seus próprios filhos, sabe-se que Nélida foi sequestrada no Pozo de Quilmes, pelo menos de 18 de fevereiro de 1977 a 23 de fevereiro do mesmo ano, data em que seus filhos a viram pela última vez. Cerviño compartilhou cativeiro com Nélida, na província de Tucumán, especificou o grupo de direitos humanos.
A audiência pode ser acompanhada no canal do YouTube de La Retaguardia e as Avós convidaram acompanhá-las neste importante processo para obter justiça para seus filhos desaparecidos e seus netos apropriados durante a ditadura.
O Tribunal Federal Oral 1 de La Plata, julga neste caso 18 repressores que atuaram nesses centros de detenção clandestinos, entre eles Miguel Etchecolatz, o ex-médico policial Jorge Bergés e Juan Miguel Wolk, responsável pelo Poço de Banfield.
O caso teve seu primeiro julgamento em abril de 2012 e as Avós são autoras junto com Carlos DâElía, Victoria Moyano Artigas, María José Lavalle Lemos e sua irmã María Lavalle, crianças apropriadas, hoje homens e mulheres que conseguiram recuperar sua verdadeira identidade.
No ano passado foram ouvidos vários depoimentos, entre eles o de Miguel Santucho, que procura seu irmão ou irmã nascido em cativeiro, e a Clara Fund, irmã do Juan Carlos Fund, ainda desaparecido, que estava preso na Brigada Quilmes.
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