Carrera apontou criticamente que “não há projeto de lei em análise que seja decisivo para a sociedade”.
Para exemplificar, explicou que há pedidos de relatórios que não são atendidos e que as comissões não tiveram um trabalho frutífero, nomeações de ministros que estão adiadas por muito tempo e propostas sem discussão até a aprovação do referendo em 27 de março.
Lembrou que a LUC é uma lei que foi imposta sem que minorias ou organizações sociais pudessem discordar.
No caucus da oposição percebe-se que esses artigos da LUC são os atos mais contundentes, mas não os únicos que acarretam retrocessos em termos de direitos do cidadão consagrados.
Fontes da FA alertaram que se vencer o não, o que deixaria o LUC intacto, o caminho ficaria mais aberto para a coalizão de direita no poder e parece mais sensato esperar por esse momento do que desperdiçar energia agora.
Entre as polêmicas propostas governistas adiadas está a de eliminar as eleições obrigatórias na Universidade da República e na Administração Nacional do Ensino Primário, o que reduz o peso da participação democrática no processo de ensino.
Outro debate pendente no Senado refere-se à criação de um cadastro legal para os sindicatos que interferem na cobrança de suas contribuições, e condena a organização dos trabalhadores à imobilidade, segundo alertaram os sindicatos.
A bancada do governo também buscará afastar por lei o dever do Estado de prover moradia e assim amenizar os conflitos e disputas jurídicas que o déficit habitacional gera no país.
Mais polêmica será a trilogia de projetos do Cabildo Abierto sobre “caducidade e reparação” dos anos de ditadura, que se completa com a transferência para prisão domiciliar dos idosos de 65 anos, beneficiando os condenados por crimes de lesa humanidade sob o terrorismo de Estado no Uruguai.
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