Douyin, a versão local do Tik Tok, bloqueou os perfis de 331 usuários que postaram insultos, mensagens degradantes e até espalharam boatos sobre atletas, e lamentou que esse comportamento tenha manchado a diversão do evento internacional.
Também interceptou e removeu 6.780 vídeos e comentários com conteúdo agressivo.
Motivos semelhantes levaram o Weibo – o homólogo do Twitter aqui – a proibir o uso de sua plataforma por 30 dias para os proprietários de 850 contas e excluir 41.473 miniprogramas considerados ilegais.
Ambas as redes pediram aos internautas chineses uma comunicação civilizada ao compartilhar opiniões objetivas e sensíveis, mostrando respeito aos atletas de Beijing 2022, e não os atacando ou demonizando se falharem em qualquer competição.
Douyin e Weibo prosseguiram com essas medidas em meio a uma repressão digital nesta semana contra Zhu Yi, que não se classificou nos primeiros testes de patinação artística.
Além das críticas e fortes ofensas contra a jovem, muitos internautas questionaram sua nacionalidade por ela competir pela seleção chinesa e ter nascido nos Estados Unidos.
A controvérsia esquentou a tal ponto que especialistas e meios de comunicação como o Global Times e o China Daily publicaram artigos pedindo à população que mostrasse tolerância, inclusão e mente aberta.
Em contraste, o país vive um furor com a medalha de ouro que a China conquistou no esqui estilo livre de Gu Ailing, conhecido pelo nome de Eileen Gu e também nascido nos Estados Unidos, mas de mãe chinesa e pai americano.
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