Lançando o apelo em Genebra, funcionários da agência parceira da ONU disseram que precisam do dinheiro para ajudar mais de 3,6 milhões de pessoas afetadas pela crise e fortalecer a resiliência e a recuperação das comunidades, informou a agência Pajhwok.
Ugochi Daniels, vice-diretor geral de operações da OIM, disse que a crise em curso no Afeganistão está intensificando as necessidades humanitárias e aumentando os riscos de deslocamento dentro do país e além das fronteiras para países da região.
O Plano de Ação Abrangente revisado da OIM para o Afeganistão e nações vizinhas se baseia em sua experiência em lidar com crises de migração e deslocamento.
Daniels acrescentou que, após a turbulência política e a transição do ano passado, mais da metade da população afegã precisa de assistência humanitária.
Mais de 700.000 afegãos foram deslocados à força no ano passado, somando-se aos quase 5,5 milhões de pessoas já em deslocamento prolongado em meados de agosto de 2021.
Dado o risco de uma maior deterioração da situação socioeconômica e de segurança no Afeganistão, segundo a OIM, os deslocamentos internos e os movimentos transfronteiriços, principalmente para o Irã e o Paquistão, podem continuar nos próximos meses.
O Afeganistão precisa urgentemente de ajuda humanitária desde que o Taleban assumiu o poder em agosto passado, enquanto os Estados Unidos e a Otan retiraram abruptamente suas tropas após 20 anos de intervenção, deixando milhares de civis mortos.
Após a ocupação militar norte-americana, que custou ao contribuinte norte-americano mais de dois trilhões de dólares, segundo cálculos da Brown University, o Afeganistão ficou em uma grave crise humanitária, afetando vários milhões de pessoas.
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