De acordo com o gabinete de Johnson, o líder conservador se reunirá primeiro na capital belga com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, e depois seguirá para Varsóvia para um encontro com seu colega polonês, Mateusz Morawiecki.
Em ambos os casos, reafirmará que os aliados não devem comprometer os princípios fundamentais da aliança do Atlântico Norte, incluindo a inviolabilidade da soberania dos países membros, o direito das democracias europeias de aspirar a fazer parte dela e a obrigação de proteger a segurança de seus membros, disse Downing Street.
O Reino Unido, os Estados Unidos e o resto dos membros da OTAN acusam a Rússia de querer invadir a Ucrânia, cujo governo pediu adesão à aliança militar liderada por Washington.
Moscou mantém mais de 100.000 soldados perto de sua fronteira com a Ucrânia, mas nega planos de ataque, dizendo que suas tropas estão se movendo dentro do seu próprio território para fins puramente defensivos.
A Rússia se opõe categoricamente à expansão da OTAN na Europa Oriental, considerando-a uma ameaça à sua segurança nacional.
A deslocação de Johnson a Bruxelas e Varsóvia coincide com a estadia em Moscou da ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, que será recebida esta quinta-feira pelo seu homólogo russo, Sergei Lavrov.
O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, também planeja viajar para a Rússia nas próximas horas para conversar com seu colega russo e com os dois ministros das Relações Exteriores sobre a situação na Ucrânia.
Embora o governo britânico afirme buscar uma solução diplomática para a crise, já preparou um pacote de sanções contra Moscou, e as viagens de Truss e Wallace foram precedidas de declarações ameaçadoras contra o Kremlin tanto na imprensa quanto nas redes sociais.
A esse respeito, o embaixador russo em Londres, Andrei Kelin, alertou que, se o objetivo principal das visitas de ambos os funcionários for ameaçar seu país com sanções, suas conversas em Moscou “serão curtas”.
Por outro lado, o Reino Unido enviou armas antitanque para a Ucrânia, deslocou uma centena de soldados naquele país e anunciou que vai reforçar a sua presença na Polónia com mais 350 soldados.
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