Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores local, Maria Zakharova, as partes revisarão o estado atual e as perspectivas das relações bilaterais e trocarão pontos de vista sobre os aspectos atuais da agenda internacional e regional.
Destacou que no centro dessas questões está a análise das garantias legais de segurança a longo prazo exigidas por Moscou da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e dos Estados Unidos.
Truss chegou na capital no dia anterior, mas antes de sua partida para Moscou, o Ministério das Relações Exteriores britânico anunciou que o foco principal de sua visita era discutir com seu homólogo russo uma solução diplomática para a crise sobre a Ucrânia.
Falando à imprensa em Londres, a ministra britânica das Relações Exteriores disse que o Kremlin não deveria ter dúvidas de que a resposta de seu governo a uma suposta invasão da Ucrânia seria forte.
A missão diplomática britânica em Moscou também garantiu que nesta sexta-feira haverá uma reunião entre seu Secretário de Defesa, Ben Wallace, e o Ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, nesta cidade.
Na quarta-feira, o embaixador russo em Londres, Andrei Kelin, pediu os altos representantes do governo britânico a evitar ameaças de medidas coercitivas contra seu país durante suas próximas visitas a Londres.
“Se eles vão à Rússia para nos ameaçar novamente com sanções, é inútil: nós lemos, vemos, conhecemos e ouvimos tudo isso. É provável que aqui em Moscou nosso diálogo e conversa seja bastante curto”, disse ele.
Falando para a agência de notícias TASS, o diplomata enfatizou que ainda não vê nenhum sinal de que o Reino Unido pretende discutir construtivamente as propostas de segurança de Moscou.
“Se eles desenvolverem ideias sobre como responder construtivamente às nossas propostas, então tal conversa certamente será do nosso interesse”, disse ele.
Kelin salientou que as sanções ameaçadoras podem ser feitas no Twitter, de Londres, “você não precisa viajar para a Rússia para fazer isso”.
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