“No marco da primeira reunião do Conselho Intergovernamental (…) o que chamamos de Pedra Fundamental da Década Internacional das Línguas Indígenas na Ibero-América será realizado nesta sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022”, disse o deputado Ministro das Relações Exteriores Freddy Mamani.
O vice-chefe da diplomacia boliviana garantiu que “o trabalho das línguas indígenas faz parte da nossa política externa”.
Reiterou que a nova instituição encarna a cooperação Sul-Sul e constitui uma ferramenta fundamental no caminho da promoção de boas práticas que contribuam para a revitalização destas línguas num ambiente supranacional.
Participam do fórum representantes do país anfitrião, México, Colômbia e organizações internacionais.
Com o objetivo de consolidar a cooperação nesta matéria, órgãos técnicos como a Secretaria-geral Ibero-Americana, a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), o Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina também participar e Caribe, além de outros convidados.
Mamani lembrou que a iniciativa teve sua origem na Cúpula Ibero-Americana de Montevidéu em 2006, data em que os Chefes de Estado e de Governo concordaram em criar o Iiali, projeto ratificado na Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo na Cidade de Antigua, na Guatemala, em 2018.
Esta decisão deu um impulso definitivo à ideia, e em 21 de abril de 2021 em Andorra, como parte da XXVII Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, foi aprovada a iniciativa, expressa no parágrafo 27 da Declaração de Andorra, Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, Objetivo 2030, Ibero-América Enfrentando o Desafio do Coronavírus.
O objetivo da instituição é promover a conservação e o desenvolvimento dessas línguas da América Latina e do Caribe por meio do desenho e implementação de políticas públicas e culturais para incentivar seu uso, promoção e conservação.
Por iniciativa da Bolívia, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Década Internacional das Línguas Indígenas 2022-2032 para chamar a atenção para sua grave perda e a necessidade de conservá-las e revitalizá-las com o apoio de cada país e também internacionalmente.
Fontes da ONU relatam que das sete mil línguas existentes em escala planetária a cada duas semanas uma indígena desaparece, situação que põe em risco a durabilidade da própria língua, os sistemas de vida, o conhecimento, o conhecimento, a ciência, a forma de conexão e interpretação dessas cidades.
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