Alguns documentos que o ex-presidente levou para sua residência em Mar-a-Lago teriam sido marcados como “ultrassecretos”, segundo o The Washington Post no dia anterior, o que se somou a outros fatos descobertos pela seleta comissão de deputados da Câmara que investiga o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Nesta quinta-feira, o painel também descobriu lacunas nos registros telefônicos oficiais da Casa Branca no dia dos distúrbios, encontrando poucas evidências das ligações de Trump em momentos críticos, quando os investigadores sabem que ele as estava fazendo, informou o jornal The New York Times.
No caso citado pelo Post, duas pessoas familiarizadas com o assunto disseram que alguns dos documentos que Trump levou para seu clube na Flórida depois de deixar o cargo foram claramente rotulados como sigilosos, enquanto outros eram “ultrassecretos”, que é o nível mais alto de informações classificadas.
Duas fontes disseram ao jornal que alguns registros continham rótulos indicando que as informações que continham eram altamente confidenciais e estariam disponíveis apenas para algumas pessoas com autorização para revisar esses detalhes.
O relatório também afirmou que o armazenamento desses arquivos na residência do ex-presidente levantou preocupações em relação à Lei de Registros Presidenciais, que exige que sejam mantidos diversos documentos relacionados às funções oficiais de um presidente.
Segundo relatos, os Arquivos Nacionais pediram ao Departamento de Justiça para investigar o manuseio de documentos de Trump relacionados ao seu tempo na Casa Branca, após relatos da apreensão de registros em Mar-a-Lago.
Nesse sentido, na quarta-feira o Post informou que a recuperação dos documentos provocou conversas entre procuradores federais sobre a possibilidade de investigar se Trump cometeu um crime ao não entregar os autos corretamente.
Em reação a essas revelações, o ex-presidente qualificou as reportagens da imprensa como notícias falsas para prejudicá-lo, embora tenha minimizado os documentos em seu poder.
O Comitê Seleto da Câmara continua investigando os eventos de 6 de janeiro, enquanto aumentam as expectativas sobre se Trump será processado por qualquer um dos crimes que ele supostamente cometeu.
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