De acordo com o Jornal de Angola, a empresa espanhola Indra enviou um comunicado ao jornal por ocasião da sua selecção, através de concurso público, para desenvolver e implementar os serviços tecnológicos e logísticos para as próximas eleições de Agosto.
Segundo o jornal, o texto da multinacional ibérica alude indirectamente às questões que envolvem a atribuição do presente concurso e às suspeitas anteriores sobre a alegada falsificação de resultados eleitorais em diferentes países.
A entidade esclareceu que a sua solução tecnológica inclui o escrutínio provisório e final de todos os votos e “garante o cumprimento dos requisitos de transparência e segurança exigidos por lei”.
Isso implica na redundância de sistemas informatizados, transmissão, processamento e divulgação de resultados, entre muitos outros serviços, especificados pela mídia de revisão.
Segundo a fonte, a Indra também assumirá a aquisição, transporte e entrega de todo o material necessário para realizar o processo.
Em outra nota enviada exclusivamente ao Jornal de Angola, a empresa descartou as acusações contra ele, pois, segundo alegou, nunca foi alvo de processo judicial em nenhum dos países onde trabalhou em processos eleitorais e, portanto, , ele nunca foi condenado.
Por seu lado, o jornal lembrou que a Indra garantiu aqui as soluções tecnológicas para as eleições gerais de 2008, 2012 e 2017, “realizadas nos prazos estabelecidos, com eficiência e transparência, o que colocou Angola como um dos países líderes na utilização de tecnologia eleitoral de última geração”.
Cerca de 12 milhões de angolanos poderão exercer o direito de voto em 2022, indicam as estimativas preliminares, uma vez que o Governo continua a actualizar o registo eleitoral oficioso, que inclui pela primeira vez os cidadãos nacionais residentes no estrangeiro.
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