Em uma reunião com o Presidente Vladimir Putin, Lavrov explicou que Moscou havia recebido “dois pequenos documentos” sobre o assunto do Secretário Geral da OTAN Jens Stoltenberg e do Alto Representante da UE para Assuntos Exteriores e Política de Segurança Josep Borrell.
Ele lembrou que, após seus contatos com representantes do Ocidente, ele havia enviado uma mensagem a seus homólogos em 28 de janeiro, chamando sua atenção para o não cumprimento das obrigações de indivisibilidade da segurança.
O Ministro das Relações Exteriores disse que nessas cartas ele deixou claro que tais compromissos “são muito mais complexos e difíceis do que eles tentam imaginar”.
“Todos sabemos como funciona”, disse Lavrov, referindo-se às alegações russas de que a Aliança Atlântica não havia honrado as garantias de segurança dadas verbalmente a Moscou em anos anteriores.
“Nenhum dos meus colegas ministeriais respondeu à minha mensagem”, disse o chefe da diplomacia russa, acrescentando que tinha recebido um pequeno pedaço de papel de Stoltenberg e outro de Borrell dizendo: “Não se preocupe, é necessário continuar o diálogo, o principal é garantir a desescalada na Ucrânia”.
O chanceler informou a Putin que o rascunho da resposta de Moscou à proposta EUA-OTAN sobre garantias de segurança está pronto e formulado em 10 páginas, disse o site oficial do Kremlin.
Washington e a Aliança Atlântica entregaram suas respostas escritas às propostas de garantia de segurança de Moscou à Rússia em 26 de janeiro.
A Casa Branca pediu que eles não fossem tornados públicos, mas o Secretário de Estado americano Antony Blinken e Stoltenberg informaram a mídia sobre seus principais pontos.
De acordo com o lado russo, a posição ocidental não leva em conta as prioridades delineadas nas iniciativas de segurança, mas se refere às direções de futuras negociações.
A recusa da extensão da OTAN, a proibição de armas de ataque perto das fronteiras do país, assim como o retorno da infraestrutura militar na Europa a sua posição de 1997, quando o Ato Fundador Rússia-OTAN foi assinado, são as prioridades do Kremlin nos documentos.
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