Segundo o diretor-geral de Assuntos Consulares e Residentes de Cuba no Exterior, Ernesto Soberón, em entrevista coletiva, o fortalecimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Washington influencia o fenômeno migratório.
Da mesma forma, o fechamento indefinido dos serviços consulares em Havana e a obrigação de ir a terceiros países para solicitar um visto para o país do norte estimulam saídas não convencionais, observou.
O funcionário expressou que os fluxos migratórios para a Nicarágua não são um caso isolado para a nação caribenha, já que outros territórios também dispensam a exigência de visto para viajantes cubanos.
Nalguns casos, esta decisão responde a acordos assinados com um conceito de reciprocidade e noutros é uma decisão do governo beneficiário, acrescentou.
Soberón destacou que Cuba busca garantir movimentos de viajantes regulados, ordenados e seguros, para os quais devem ser criados mecanismos de cooperação bilateral.
Da mesma forma, são urgentemente necessárias estratégias para combater fenômenos associados ao deslocamento, como o tráfico de pessoas e o tráfico irregular, destacou.
O Governo das Antilhas mantém contato sistemático em assuntos migratórios e consulares com a Nicarágua, bem como com outros países da América Latina e do Caribe.
Sobre as medidas adotadas em favor dos cubanos que ficaram retidos em outros países devido à pandemia de Covid-19, Soberón explicou que não serão modificadas até novo aviso.
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