Uma delas se refere ao objetivo daquela política norte-americana, de mais de seis décadas, de tentar sufocar a ilha e dobrar seu jovem governo, desde os primeiros anos do triunfo revolucionário de 1º de janeiro de 1959.
“Obcecados pelo abandono, os Estados Unidos impuseram um bloqueio à Ilha da Liberdade, esperando em vão que os ilhéus, treinados pelo grande Fidel Castro na dignidade, no amor da vontade, caíssem de joelhos. Nunca!”, dizia o texto.
Lembraram o processo de nacionalização realizado pelo governo cubano e destacou que os Estados Unidos nunca aceitaram nenhuma das propostas apresentadas por Havana para compensar os proprietários afetados.
Desde o primeiro momento, Washington recusou-se a aplicar a fórmula compensatória proposta pela ilha, totalmente compatível com a prática internacional, destacou o artigo.
Além disso, explicou que as ações realizadas pelas autoridades norte-americanas contra a nação antilhana não se enquadram na definição de “embargo”.
Alertaram que as medidas coercitivas contra a ilha transcendem essa categoria e tipificam um “bloqueio”, buscando o isolamento, asfixia e imobilidade de Cuba.
O jornal ucraniano sublinhou que tais restrições visam sufocar o seu povo e levá-lo a desistir da sua decisão de ser soberano e independente, que, sublinhou, constituem elementos cardeais do conceito de “bloqueio”.
Também chamaram a atenção para o caráter extraterritorial do bloqueio com a aprovação da Lei Torricelli em 1992, ao sancionar terceiros países, ao proibir subsidiárias norte-americanas em terceiros países de comercializar mercadorias com a nação caribenha.
Mostrou como quatro anos depois, com a aprovação do Congresso da Lei Helms-Burton, a Casa Branca intensificou e aprofundou ainda mais a política hostil contra o povo cubano, estratégia que mantém até o presente.
Através dos trabalhos jornalísticos publicados nos dias 10, 11 e 15 de fevereiro pela Rabochaya Gazeta, neste país foi possível conhecer melhor o caminho percorrido pelo bloqueio econômico, financeiro e comercial dos Estados Unidos contra Cuba, política condenada pela maioria das nações do mundo.
Os artigos foram escritos por Mykhailo Baltianskyi e Victor Pasak, jornalista emérito ucraniano e presidente da Associação de Amizade Ucrânia-Cuba, a partir de um trabalho elaborado pela embaixadora cubana naquele país, Natacha Díaz.
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