A definição ocorrerá no plenário da Assembleia Nacional, convocada pessoalmente.
O segundo debate sobre a proposta legal foi adiado por várias semanas devido à natureza controversa da questão, que tem tanto apoio quanto rejeição dentro do órgão legislativo.
A divisão dos critérios nas bancadas poderia dificultar a obtenção do mínimo de 70 votos necessários para aprovar a legislação.
O projeto de lei foi elaborado pela Ouvidoria a pedido do Tribunal Constitucional, que declarou legal a interrupção da gravidez para meninas, adolescentes e mulheres adultas vítimas de estupro.
Por sua vez, o relatório final para a votação do regulamento inclui ajustes para questões controversas como o limite de tempo ou período máximo de gestação para a prática de um aborto.
Neste sentido, o tempo limite sugerido é de até 16 semanas de gravidez e, excepcionalmente, meninas, adolescentes, mulheres rurais e mulheres de povos indígenas e nacionalidades poderão fazer um aborto até 18 semanas.
O projeto de lei também aborda tópicos como requisitos e regras especiais sobre consentimento, cláusulas de rescisão e as opções dos profissionais encarregados do procedimento.
O Comitê de Justiça recebeu argumentos a favor e contra o projeto de lei e redigiu o relatório que será debatido pelo plenário neste dia.
A proposta final do gabinete legislativo foi aprovada em 11 de fevereiro com seis votos a favor, dois contra e uma abstenção, enquanto que houve uma ausência.
Uma das características das análises é que existem opiniões contraditórias dentro das bancadas, o que dificultou o avanço do debate.
A sociedade também está dividida sobre o assunto, com grupos pró-vida discordando das organizações e grupos de direitos humanos que acreditam que as mulheres grávidas são as únicas que podem decidir sobre seus próprios corpos.
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