O jornal Times of Israel citou trechos de uma carta de Meirav Eilon Shahar, embaixador de Israel na ONU e em organizações internacionais em Genebra, na qual ele anuncia a posição oficial de seu país.
Shahar criticou a equipe liderada por Navi Pillay da África do Sul, ex-Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.
O diplomata insistiu na tese de seu país sobre o suposto viés da ONU sobre o assunto.
Por 29 votos a favor, nove contra e 14 abstenções, o Conselho de Direitos Humanos aprovou uma investigação sobre os crimes israelenses no enclave palestino, onde mais de 250 pessoas foram mortas durante os 11 dias de bombardeio.
Há alguns dias, a ONG B’Tselem denunciou o fato de que o governo israelense torna difícil ou impossível para um grande número de pessoas doentes que vivem na Faixa de Gaza viajar para fora do território para receber tratamento médico.
No ano passado, 15.466 pedidos para deixar o e/ou os serviços de saúde foram apresentados, dos quais 37% foram negados, ficaram sem resposta ou estavam “sob revisão”, disse o Centro de Informação Israelense para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados (B’Tselem) em uma declaração.
No mês passado, o Monitor Euro-Mediterrânico de Direitos Humanos advertiu que mais de 1,5 milhões dos 2,3 milhões de pessoas de Gaza vivem na pobreza devido ao bloqueio.
Apesar da deterioração da situação humanitária na faixa e da sucessão de sete governos israelenses desde o início do cerco, a política de punição coletiva contra o povo de Gaza continua, ele enfatizou.
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