Falando aos repórteres no Kremlin após se encontrar com seu homólogo bielorrusso Alexander Lukashenko, Putin reiterou que Washington e a OTAN ignoraram as principais exigências de Moscou sobre garantias de segurança.
Putin disse que havia compartilhado com Lukashenko seus recentes contatos com vários líderes ocidentais sobre o assunto, o que, segundo ele, também preocupava os aliados bielorrussos.
Ele disse que entre as exigências da Rússia para o Ocidente, as principais são impedir a expansão da aliança transatlântica, impedir a colocação de armas ofensivas perto das fronteiras do Ocidente e devolver o potencial militar e a infraestrutura da organização na Europa ao estado em que se encontrava em 1997, quando foi assinada a Lei de Fundação Rússia-OTAN.
“Como eu disse antes, os Estados Unidos e outros membros da aliança, infelizmente, ainda não têm intenção de perceber adequadamente estes três elementos fundamentais de nossa iniciativa”, disse ele.
Ele explicou que em sua resposta de 26 de janeiro, as contrapartes ocidentais formularam uma série de ideias sobre as questões de segurança europeia, mísseis de médio e curto alcance e transparência militar, que a Rússia não se opõe a discutir. “Estamos prontos a seguir o caminho da negociação, desde que todas as questões sejam consideradas em conjunto, sem deixar nossas principais propostas, cuja implementação é uma prioridade absoluta para nós”, ressaltou.
O Presidente declarou que Moscou está observando o que está acontecendo no mundo, mas tem diretrizes claras e compreensíveis que correspondem aos interesses nacionais do povo russo e do Estado russo.
Sobre a situação interna na Ucrânia, Putin observou que a única coisa que Kiev deve fazer é sentar-se o mais rápido possível à mesa de negociações com os representantes de Donbass e acordar medidas políticas, militares, econômicas e humanitárias para pôr um fim a este conflito.
“Quanto mais cedo, melhor”, disse ele.
“Observamos com o presidente bielorrusso que a chave para restaurar a paz na Ucrânia e diminuir a tensão está em seu cumprimento dos acordos de Minsk”, ele enfatizou.
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