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Putin assinala que a situação no Donbass é crítica

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Putin assinala que a situação no Donbass é crítica

Moscou, 21 fev (Prensa Latina) O presidente russo Vladimir Putin disse hoje em um discurso televisionado para todo o país que a situação na região de Donbass na Ucrânia piorou novamente e se tornou crítica.

“Sublinharei mais uma vez que a Ucrânia não é apenas um país vizinho para nós. É parte integrante de nossa própria história, cultura e espaço espiritual”, disse ele em um discurso no qual informou sua decisão de chancelar ou não o reconhecimento pela Rússia da independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk (DPR) e Luhansk (LPR).

Ele lembrou que naquele país vivem “nossos camaradas, nossos entes queridos, entre os quais não há apenas colegas, amigos, ex-colegas, mas também parentes, pessoas ligadas a nós pelo sangue e laços familiares”.

Ele enfatizou que a Rússia sempre cooperou com Kiev de forma aberta, honesta e respeitou seus interesses desde o colapso da União Soviética.

Anteriormente, ele ouviu o Conselho de Segurança da Rússia falar a favor da medida, que foi proposta pela maioria da Duma (câmara baixa do parlamento russo). No início do dia, o chefe do DPR, Denis Pushilin, e o chefe do LPR, Leonid Pasechnik, haviam apelado a Putin em declarações públicas para reconhecer a independência desses territórios e estabelecer acordos de cooperação com Moscou.

Dirigindo-se ao Conselho de Defesa, Putin advertiu que as negociações sobre a região de Donbass estão em andamento há oito anos e que o processo está paralisado.

“É um beco sem saída”, disse ele, agradecendo aos membros do Conselho por suas opiniões e participação na reunião.

Durante o intercâmbio, o Ministro das Relações Exteriores russo Sergey Lavrov declarou que não vê outra forma senão reconhecer esses territórios na Ucrânia oriental e observou que, por outro lado, o Ocidente não mudará sua posição.

“Espero que isto envie um forte sinal para o mundo. Não podemos assistir indiferentemente durante oito anos, pois nossos compatriotas são ridicularizados, por isso não vejo outra forma”, disse ele.

Na reunião, Putin comentou que Kiev já conduziu duas operações militares punitivas contra a região de Donbass e agora, ao que parece, “estamos testemunhando o agravamento da situação pela terceira vez”.

Ele denunciou que “todos esses anos, as pessoas que viviam nesses territórios eram realmente assediadas: bombardeio constante, bloqueio”, e as que viviam perto da chamada linha de frente eram forçadas a se mudarem para os porões.

Ele enfatizou que Moscou fez tudo o possível para resolver pacificamente o conflito entre Kiev e a região de Donbass na Ucrânia.

O chefe de Estado russo lembrou que o confronto entre as autoridades ucranianas e os habitantes do território começou assim que as repúblicas populares foram formadas.

Ele ressaltou que em 2014 uma parte dos ucranianos não aceitou o golpe de Estado e especificou que isto também se aplicava às pessoas que viviam na península da Crimeia, assim como àqueles que viviam e ainda vivem em Donbass.

acl/mml/vmc

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