Os professores estão exigindo um aumento salarial e estão se pronunciando contra a reforma administrativa e a implementação da educação em casa, bem como a militarização das escolas, entre outras questões.
Segundo a chefe do sindicato, Rosilene Corrêa – pré-candidata ao governo do Distrito Federal e filiada ao Partido dos Trabalhadores – “nós professores não gostamos de fazer greve, só o fazemos quando é necessário, quando não temos outra alternativa”, ela foi citada como dizendo pelo jornal Correio Brasileiro.
Ela denunciou que no início deste ano letivo havia uma total falta de preparação por parte do governo.
Entre os obstáculos, disse ela, estavam as aulas superlotadas, a falta de profissionais permanentes e temporários e a segurança da saúde nas escolas, que estavam todos na ordem do dia para debate.
Acrescentou a essas deficiências a falta de monitores especializados em educação inclusiva, uma modalidade destinada a pessoas com deficiências, uma cota reduzida pela metade no último ano.
Para as escolas secundárias, disse ele, estes profissionais não foram sequer enviados, e acrescentou que “este é um ponto sério, o estudante com deficiência não tem este serviço”, disse.
Entre os pontos a serem discutidos, também incluiu a redução do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária, ou seja, o envio de fundos para escolas públicas do Distrito Federal no início do ano letivo.
O Ministério da Educação anunciou este mês um corte de 10 milhões de reais (dois milhões de dólares) na transferência em relação ao último semestre, uma quantia que ajustada à inflação atual corresponde a 20% do orçamento para a aquisição de materiais e equipamentos, e para realizar pequenas reformas, disse a publicação.
Além disso, o sindicato dos professores adverte sobre os baixos salários dos profissionais da educação, uma categoria que passou sete anos sem um reajuste salarial.
“O que queremos é que o governo estabeleça uma mesa permanente de negociações para tratar destes pontos, de modo que possamos garantir a normalidade do ano letivo”, diz ele.
Para o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, a convocação de uma greve teria conotações políticas.
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