De acordo com a agenda programada, o coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, deverá apresentar um relatório sobre os eventos mais recentes na área.
Entre os assuntos a serem discutidos está a recente escalada de tensões no bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, uma vez que vários despejos de famílias palestinas pelas forças israelenses ocorreram naquela comunidade desde janeiro.
No dia anterior, as autoridades palestinas condenaram as declarações do ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, que rejeitou a criação de um Estado para os habitantes da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.
Falando ao The Jerusalem Post, Ahmad al-Deek, principal conselheiro do ministro das Relações Exteriores palestino, disse que a posição de Gantz confirma a recusa de Tel Aviv em buscar uma solução negociada para o conflito.
“As palavras de Gantz enfraquecem a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e encorajam setores da extrema direita israelense”, apontou o Deek.
“Com suas declarações, ele exige que os palestinos aceitem a ocupação, os assentamentos e a judaização de Jerusalém Oriental”, ressaltou.
As ações de Tel Aviv no terreno confirmam sua política de “consolidar assentamentos e apartheid na Palestina ocupada”, disse ele ao Deek.
Além disso, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, também se recusou publicamente a conversar, reunir-se com a liderança da ANP e criar um Estado palestino, disse ele.
A autoridade palestina criticou os Estados Unidos por evitar pressão sobre seu aliado, apontando que Washington está testemunhando expropriação de terras, expansão de assentamentos, punição coletiva e deslocamento de moradores de Jerusalém.
Como pode o governo dos EUA falar sobre uma solução de dois Estados quando tudo isso está acontecendo?
Há poucos dias, falando na Conferência de Segurança de Munique, o ministro da Defesa israelense manifestou sua oposição à criação de um Estado palestino, conforme exigido pela comunidade internacional.
Atualmente, a criação e o reconhecimento do Estado da Palestina é uma das questões pendentes há mais tempo nas Nações Unidas, embora o Estado de Israel exista há 70 anos.
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