“A campanha de seu governo para estigmatizar os signatários está nos colocando na mira dos assassinos contratados e está tentando desencorajar aqueles que acreditam na paz”, enfatizou ele.
Ele ressaltou que mais de 300 signatários da paz já foram assassinados e o último foi (Jorge Santofimio Yepes) Jorgillo, um entusiasta da paz, um entusiasta da reconciliação, cujo filho está debatendo entre a vida e a morte.
Através de um vídeo postado em seu perfil no Twitter, o líder político apontou que por ação ou omissão Duque é responsável por este crime.
Ele lembrou que quando a guerrilha marcha, com seus equipamentos nas costas, espingardas nos ombros e barrigas meio vazias, os membros das agora extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) foram acompanhados por sua convicção que lhes permitiu seguir em frente.
“Quando os infiltrados da inteligência militar assassinaram nossos camaradas ao bater da meia-noite, envenenaram nossa comida, aprendemos lições e seguimos em frente”, frisou ele.
Ele lembrou que eles nunca perderam o ânimo ou o entusiasmo para continuar lutando pela nova Colômbia através do projeto insurrecional ou da solução política, e em Havana – ele enfatizou – eles conseguiram isso e lançaram as bases para a reconciliação dos colombianos e para a construção da paz com justiça social.
“Presidente Duque, você teve uma oportunidade histórica de ser o primeiro presidente a implementar os Acordos em sua totalidade e simultaneamente. Você não quis fazer isso por convicção. O pouco que se conseguiu foi devido à inércia e porque os acordos são muito bem protegidos”, enfatizou Londoño.
Ele advertiu que os ex-guerrilheiros que assinaram os Acordos de Paz não voltarão à guerra, não serão obrigados a voltar e não poderão fazê-lo porque continuarão a fazê-lo com o mesmo entusiasmo com que sempre lutaram pela nova Colômbia.
O líder político pediu aos colombianos, especialmente aos jovens, que não desistissem de trabalhar para a nova Colômbia.
“Vamos com um grande senso de responsabilidade a eleger a pessoa que garantirá a construção da Colômbia em paz, a implementação do Acordo de Paz”. Eles não tirarão nossa alegria, nem a possibilidade de realizar nossos sonhos de ver uma Colômbia pacífica com justiça social”, disse ele.
Ontem, as Nações Unidas (ONU) e Cuba e Noruega, garantes do Acordo de Paz, rejeitaram o assassinato do ex-guerrilheiro e líder social Jorge Santofimio, assim como outros em processo de reincorporação.
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